Alice no País da CPI

20 abril 2006

Santos e o efeito da greve da ANVISA !!!


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A Procuradoria-Seccional da União em Santos deu entrada ontem, na Justiça Federal, a um pedido de ação civil pública contra a greve dos fiscais da Anvisa, que fará dois meses amanhã.


Quinta-Feira, 20 de Abril de 2006, 09:14
Greve já provoca falta de medicamentos
Da Reportagem
Farmácias e hospitais da Cidade já sentem de forma mais acentuada os reflexos da greve dos fiscais da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), paralisados há 57 dias. Enquanto alguns locais já convivem com a falta de medicamentos, outros temem que a situação caminhe para um colapso no abastecimento de remédios e insumos essenciais à saúde. Marcus Paiva, superintendente da Drograria São Paulo, rede com 181 lojas presentes em 36 municípios do Estado, confirmou que já faltam anticoncepcionais e anti-hipertensivos. ‘‘A Drogaria São Paulo não faz importação, mas muitos medicamentos ou insumos são importados pelas indústrias daqui, das quais nós compramos. Como eles dependem da liberação da carga, não têm como fabricar e nós, não temos de quem comprar’’. Segundo ele, os pedidos feitos às indústrias que normalmente abastecem a rede não têm sido atendidos. ‘‘É muita coisa faltando, mas não temos muito o que fazer e nem a quem recorrer’’. Para Paiva, que ainda comanda outras 20 lojas da Farmax, vinculadas à rede, setores como a Anvisa não poderiam ficar na dependência do desdobramento da greve. ‘‘Todos têm problemas, mas a população fica desassistida’’. Apesar da afirmação de Paiva, a assessoria de imprensa da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drograrias (Abrafarma) informou que a entidade ainda não havia sido procurada por associadas relatando a falta de produtos em decorrência da paralisação. Já a Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica (Febrafarma), por meio da assessoria de imprensa, informou que pelo menos três laboratórios — Novartis, Boehringer e JP Farmacêutica — deixaram de fabricar alguns medicamentos por falta de insumos importados. Outra empresa, a Asem Fresentius, que produz equipamentos para coleta de sangue e hemodiálise, também paralisou suas operações por falta de matéria-prima. A entidade calculava que cerca de 20 medicamentos deixaram de ser fabricados no País. Os prejuízos referentes aos produtos relacionados à Saúde somariam US$ 700 milhões.Beneficência Depois da Santa Casa de Santos, que anunciou que em breve deixará de operar um equipamento de Raio-X digital pela falta do filme radiológico importado, o hospital da Sociedade Portuguesa de Beneficência já acusa falta de medicamentos nos estoques. Conforme Néria Lucia dos Santos, administradora hospitalar, sumiram das prateleiras o Avalox, antimicrobiano, Hidantal, anticonvulsivante, e Clexane, anticoagulante. ‘‘São medicamentos importantes, difíceis de serem substituídos. Nós fizemos pedidos, mas não chegou nada’’. Até para repor o estoque de Novalgina a entidade encontra dificuldades. ‘‘Mas esse a gente substitui sem problemas’’.
Para driblar a falta de remédios, o corpo clínico da Casa de Saúde vem buscando alternativas que não comprometam a terapêutica e nem o paciente, mas que alcancem os mesmos objetivos de produtos que podem vir a faltar. ‘‘Estamos em alerta. Não faltou nada. Mas em alguns casos tentamos alternativas, com embasamento científico, de medicação ou material com o mesmo padrão de qualidade’’, explicou a diretora comercial do hospital, Marta Ruiz. ‘‘Queremos evitar um colapso. Estamos muito preocupados com a área como um todo’’, completou. O diretor técnico do Hospital Ana Costa, José Luiz Boechat Paione, comentou, através de sua assessoria de imprensa, ‘‘que está preocupado porque vai faltar material, principalmente os que a Anvisa não autoriza a reutilização’’. Até o fechamento desta edição, o Hospital São Lucas não havia retornado o contato feito por A Tribuna